Na agricultura, o preço que sobe, desce: feijão derruba a renda do produtor rural
O Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA) em seu trabalho mensal de coleta e divulgação do Índice de Preços Recebidos (IPR), referente a venda dos produtos agrícolas e o Índice de Preços Pagos (IPP), referente aos insumos gastos pelos produtores rurais, no Sul de Minas Gerais, teve como resultado do mês de Junho de 2012 o IPR em queda de -8,11%, esta redução da renda do produtor de forma mensal, ocorre pela primeira vez neste ano de 2012 e o IPP apresentou uma ligeira queda de -0,04%. Esta relação entre oi IPR e IPP, resultou em grande perda da renda do produtor rural neste período. No acumulado dos últimos doze meses (julho de 2011 a junho de 2012), a renda agrícola apresenta-se ainda em forma positiva de um aumento de 4,11% e apresentou um aumento nos custos de produção em 1,32%, medido pelo IPP.
Conforme o coordenador dos índices de preço, professor Renato Fontes, a queda do preço da saca do feijão, que nos últimos meses tinha alcançado excelente patamar de preço pela deficiência na oferta do produto, apresentou o viés de queda, pois houve a entrada da nova safra de feijão, aumentando a oferta do produto e consequentemente no dinamismo na precificação econômica dos preços agrícola, pressionou o preço da saca de feijão, no qual apresentou uma queda neste mês de -37,95%, saindo do patamar de R$ 274,00 para R$ 170,00.
O grupo café continua apresentando queda, neste mês a queda foi de -7,38% em relação ao mês de maio de 2012 e já apresenta uma queda acumulada para 2012 no valor de -30,02%. O grupo de hortifrutigranjeiros, demonstrou queda mensal de -3,66%, destacando a queda da cenoura em -33,21% e da beterraba em -24,81%. Neste mês o único grupo que apresentou resultado positivo foi o grupo leite, com aumento de renda em 3,88%.
Professor Renato Elias Fontes
DAE/UFLA