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DAE/UFLA divulga IPP e IPR do mês de maio: renda média do produtor rural sobe, mas preço do café não para de cair

Published: Saturday, 09 June 2012 18:33

O Índice de Preços Recebidos (IPR), referente a venda dos produtos agrícolas e o Índice de Preços Pagos (IPP), referente aos insumos gastos pelos produtores rurais, na produção de sua atividade no Sul de Minas Gerais, desenvolvido pelo professor Renato Fontes (DAE/UFLA) e sua equipe formada pelos alunos Marcelo Sandi, Talita Rage e Lucas Dutra teve como resultado do mês de Maio de 2012 o IPR em alta de 1,71% e o IPP apresentou uma ligeira alta de 0,30% o que demonstra um acréscimo na renda do produtor rural neste período.

Analisando o período dos últimos doze meses, o IPR na sua estruturação em grupos demonstrou resultados de elevação de renda para os produtores de grãos em 58,23%, pecuaristas de leite em 4,63%, horticultores em 1,27% e somente o grupo café vem apresentando queda da renda neste período, uma queda acumulada em -12,29%. O professor Renato Fontes salienta que no acumulado dos 5 meses de 2012, a renda do cafeicultor apresentou um declínio de -23,91%, com a tendência de aumentar ainda mais a perda, pois entrando a nova safra que começa a ser colhida e caso não aconteça nenhum fator climático a oferta do café tende a aumentar e conseqüentemente pressionar os preços para baixo.

 O professor Renato, ressalta também, que os grandes fundos de investimento que trabalham com o contrato de café cotado em Nova York/USA, vem desde o final do ano passado invertendo a mão, jargão conhecido no mercado, onde estes passam de compradores para vendedores de contrato de café e isso ocasiona a queda do preço da saca de café que saiu do patamar de R$ 520,00 no final do ano de 2011 para o valor de R$ 385,00 neste mês.

            Em relação aos insumos, observou-se dentro dos grupos que compõem o IPP, que o grupo do leite obteve a maior elevação, destacando-se o aumento no preço do concentrado em 26,69%, ração em 4,86% ocasionado principalmente pelo aumento do milho que é o insumo básico na fabricação destes produtos, destaca-se também a elevação do preço do antibiótico em 5,86%, vermífugos em 8,37%, o que resultou em media um aumento de 5,25% no preço dos medicamentos utilizados na atividade leiteira.