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Renda Média Agrícola cresce em 2016

Published: Tuesday, 24 January 2017 09:46

Renda Média Agrícola cresce em 2016

 

O Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA) em seu trabalho de coleta e divulgação do Índice de Preços Recebidos (IPR), referente a venda dos produtos agrícolas no Sul de Minas Gerais, teve como resultado para o ano de 2016 uma elevação média de 12,83% no ano, destacado os grupos grãos e frutas.

No ano de 2016 o IPR foi positivo na média para os produtores, porém alguns grupos pesquisados apresentaram decréscimo de preço durante o ao agrícola de 2016. Conforme o professor Renato Fontes, DAE/UFLA, coordenador do índice, apesar do aumento médio geral da renda do produtor, pode-se considerar, entretanto alguns grupos pesquisados apresentaram resultados anuais não satisfatórios, caso dos produtores específicos de carnes e verduras, em que, o produtor perdeu renda efetivamente, na exploração única destas atividades.

Como exemplo o preço da carne de suínos, no mês de janeiro o preço médio Kg de suíno estava em R$ 18,90 oscilou negativamente e em dezembro o preço médio foi de R$ 14,17. O tomate é outro produto agrícola que apresentou uma expressiva queda de aproximadamente 35% no ano, fechando com preço em R$ 3,33 o Kg. Ressalta o Prof. Renato Fontes, que o mercado das commodities agrícolas, pelas suas características intrínsecas, é extremamente volátil, variam em decorrência do clima, de fatores externos e por causa da renda dos consumidores, sendo que cada produto tem uma dinâmica na sua precificação.

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            O café, a principal cultura agrícola explorada no sul de Minas Gerais, apresentou uma elevação anual de preço de 4,12%, com preços médio da saca em R$ 505,00, porém no decorrer do ano de 2016 o café alcançou preços históricos em torno de R$ 570,00 a saca. O fato se deve ao mercado cafeeiro ser extremamente volátil, apresentado especulação internacional afetando a precificação desta commodity.

            E o grande destaque no ano é a elevação dos preços dos itens pesquisados no grupo dos grãos, milho, feijão e arroz, em media o grupo elevou em 61,35%. O arroz teve seu preço majorado em 26%, o feijão em 79% e o milho em 48%. Estes produtos alcançaram preços históricos, mas reduziram o valor no passar do ano, fato normal na produção agrícola, pois este aumento ocorreu principalmente, por preços não compensadores em safra passadas, que desestimulou os produtores a manterem e aumentarem a área plantada destas culturas e condições climáticas desfavoráveis nas principais regiões produtoras afetaram prejudicialmente a oferta destes produtos, o que reflete economicamente em elevação dos preços explica o prof. Renato Fontes, porém com preços atrativos a produção destes grãos é estimulada, favorecendo o aumento da produção e consequente diminuição dos preços durante o período analisado.

 

Renato Elias Fontes