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Junho/2013: mês ruim para os agricultores com aumento dos custos e queda da renda

Published: Tuesday, 09 July 2013 17:39

 

A renda do produtor rural do Sul de Minas Gerais continua em queda, conforme dados levantados pelo Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA), por meio do Índice de Preços Recebido (relativos aos preços recebidos pelos produtos comercializados pelos produtores) e Índice de Preços Pagos (relativo aos preços pagos aos insumos para produção).

De acordo com a pesquisa mensal, no mês de junho de 2013, pode-se observar que o preço dos insumos agrícolas apresentou uma majoração média – IPP de 0,09% no preço, sendo mais um agravante da situação econômica do produtor rural na região. Alguns insumos básicos para a produção agrícola tiveram reajustes na ordem de 3,8% para o calcário e alta de 7,51% para os inseticidas, porém alguns adubos tiveram um decréscimo no preço na ordem de -1,40% o que aliviou um resultado ainda mais negativo para os produtores.

Sendo assim com a queda do IPR em -0,97% e o aumento do preço dos insumos calculado pelo IPP, os produtores rurais da região continuam com sua renda média em queda, no acumulado geral desde o início do ano de 2013 em -256%.

Neste mês junho, o Índice de Preços Recebidos (IPR) teve como fator principal desta baixa, puxada principalmente pela queda no preço das hortaliças em -11,00% o qual foi causado pela queda no preço da beterraba em -28,00%, da couve-flor em -24,37% e também pelo menor preço atingido pelo tomate que caiu em -16,22%. Para o professor Renato Fontes o grupo das hortaliças apresentou queda de preços, devido a condições climáticas que estão propícias a produção das hortaliças e principalmente por apresentarem preços atraentes no passado próximo para os produtores, estimulando-os a aumentarem a produção e consequentemente gerando uma oferta elevada dos produtos que pressiona os preços.

Em contra partida a essas quedas, o leite vem se destacando por se manter no acumulado dos últimos três meses uma alta de 3,41%, sendo que especificamente neste mês ele obteve uma alta de 0,60 % em relação ao mês anterior. A principal causa observada para o continuo aumento do preço do leite são os problemas diretamente ligados a pastagens, que devido a estação climática, diminui a precipitação de água e reduz o potencial de crescimento, onde este é a principal fonte de energia do animal acarretando a diminuição da produção de leite e esta menor oferta do leite gera uma preço para que os preços subam.

 

Renato Elias Fontes
Professor DAE/UFLA