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IPP e IPR de Setembro: A renda média do produtor rural sobe, influenciada pelo arroz e pelas hortalizaças

Published: Tuesday, 09 October 2012 12:32

O Índice de Preços Recebidos (IPR), referente à venda dos produtos agrícolas e o Índice de Preços Pagos (IPP), referente aos insumos gastos pelos produtores rurais, na produção de sua atividade no Sul de Minas Gerais, desenvolvido pelo DAE/UFLA, teve como resultado do mês de Setembro de 2012 o IPR em alta de 3,04% e o IPP apresentou estabilidade o que demonstra um acréscimo na renda do produtor rural neste período.

Analisando o período dos meses deste ano, o IPR na sua estruturação em grupos demonstrou resultados de decréscimo de renda somente para os produtores de grãos em -2,83%, pecuaristas de leite alta da renda em 9,56%, horticultores alta de 13,08% e o grupo café alta acumulada em 6,92%. O professor Renato Fontes salienta que no acumulado dos 9 meses de 2012, a renda da agropecuária apresentou uma elevação de 5,12%, com a tendência de aumentar ainda mais, pois estaremos entrando a época de entressafra, trazendo uma menor oferta dos produtos agrícolas para abastecimento do mercado.

Neste mês de setembro, destaca-se a elevação do preço do arroz, que apresentou uma alta de 26,92%. O professor Renato Fontes, salienta que este movimento já era esperado, pois o cenário da economia agrícola relativa ao mercado de arroz trazia preços ruins da saca de arroz no passado e somado a isto, preços melhores de milho e soja, levou os orizicultores a migrarem para estas culturas em busca de melhores retornos econômicos, trazendo uma menor oferta do produto, pela diminuição da produção de arroz e aumento da exportação brasileira do grão.

Outro grupo de commodities agrícolas que apresentaram significativa alta neste período foi o das hortaliças, com 11,89%, puxado principalmente pelo alho com um aumento de 50%, este fato ocasionado pela não ocorrência da importação do alho chinês que ocorreu no ano de 2011, onde uma excessiva importação de alho deste afetou negativamente o preço no mercado interno brasileiro, o que levou a retração da produção nacional, fazendo que haja neste momento uma menor oferta do produto.

Renato Elias Fontes