DAE/UFLA divulga IPP e IPR do mês de abril: Feijão sustenta a renda do produtor rural
O Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA) através de sua pesquisa mensal de coleta de preços da atividade agrícola constatou que o Índice de Preços Recebidos (IPR), no mês de abril, teve uma alta de 3,30%, esta elevação da renda do produtor rural, foi ocasionada principalmente pelo aumento de 111,95% do preço do feijão.
Esta elevação de preço foi explicada pelo coordenador da pesquisa, Prof. Renato Fontes, como sendo ocasionado pelo problema climático da estiagem, ou seja, faltou chuva nas principais regiões produtoras do grão, que prejudicou o desenvolvimento normal da cultura e consequentemente houve uma diminuição da oferta de feijão no país e o mercado agrícola é bastante dinâmico em sua relação de oferta e demanda, faltando o produto o preço sobe.
O café continua perdendo valor, neste mês de abril o seu preço caiu -3,37% em relação ao mês de março de 2012. No acumulado dos últimos doze meses, o valor de uma saca de café variou negativamente em -22,93%, o que impacta e traz prejuízo na renda do produtor rural do Sul de Minas Gerais, pois a commodity café tem elevada importância na formação do IPR. Em relação aos hortifrutigranjeiros o IPR deste grupo de produtos agrícolas mostrou estabilidade, uma elevação de 0,37%.
O Índice de Preços Pagos (IPP), referente aos insumos gastos pelos produtores rurais, no Sul de Minas Gerais, apresentou no mês de Abril de 2012 queda de -0,30%. Apesar desta estabilidade pode-se considerar que houve deflação da média geral dos insumos gastos na agricultura do Sul de Minas Gerais. No acumulado dos últimos doze meses (maio de 2011 a abril de 2012), o IPP vem mantendo estável, com uma elevação de 0,59%.
Na pesquisa dos preços dos insumos, destaca-se a elevação do preço do fungicida em 2,46% principalmente para a cultura do café, ocasionado por uma maior demanda deste produto para combater os micro-organismo prejudicial a cultura que se desenvolve nesta época e os medicamentos para a pecuária leiteira apresentou uma queda de -1,81%, advindo de promoções realizadas pelo comércio agro veterinário.